Aeroportos médios disputam espaço como novos hubs regionais no Brasil
Você também pode escutar este artigo adaptado ao formato de podcast no perfil da Flylines no Spotify. Para isso, basta clicar em "play".
Nos últimos anos, instalou-se no país uma corrida silenciosa pelos hubs regionais. Longe do eixo Rio–São Paulo, aeroportos de porte médio saíram da sombra e passaram a disputar rotas, bases operacionais e capital privado, atraindo novas frequências de voos e ampliando o fluxo de passageiros. A fórmula combina obras de modernização, políticas de incentivo e acordos com governos estaduais e municipais — um pacote que fortalece a conectividade local e acelera a economia da região. Neste artigo, traremos exemplos recentes de Norte ao Sul do país para mostrar como esses aeródromos estão se convertendo em verdadeiros polos de conexão — e de desenvolvimento — para suas áreas de influência.
Crescimento pós-pandemia e descentralização da malha aérea
A recuperação do setor aéreo brasileiro no pós-pandemia veio acompanhada de uma descentralização da malha, com fortalecimento de aeroportos fora dos grandes centros tradicionais. Em fevereiro de 2025, por exemplo, observou-se um aumento de passageiros em hubs alternativos como Recife (PE), Confins (MG) e Florianópolis (SC), indicando um “fortalecimento de hubs regionais” e certa descentralização do tráfego antes concentrado em São Paulo, Rio e Brasília. Dados da ANAC mostram que, nessa comparação, Recife e Confins tiveram os maiores saltos percentuais de passageiros entre fevereiro de 2024 e 2025, consolidando-se como novas referências regionais no Nordeste e Sudeste do país. Esse movimento reflete uma reestruturação da malha aérea nacional em favor de aeroportos médios, que passaram a receber mais atenção das companhias aéreas e investimentos na infraestrutura para expansão de suas operações.
Essa tendência é embalada pelo crescimento geral da aviação civil. Em 2023, o tráfego total de passageiros no Brasil aumentou cerca de 14,7% em comparação a 2022, demonstrando a retomada da demanda reprimida. Embora os aeroportos do eixo Rio-São Paulo tenham liderado em números absolutos, o desempenho acima da média de vários aeroportos regionais destaca as oportunidades em novos polos de conexão. Como apontou o Ministério de Portos e Aeroportos, 2024 foi um ano de recordes no setor, com 20 milhões de passageiros a mais do que em 2022 e mais de R$ 4 bilhões investidos na melhoria de aeroportos em todas as regiões. Nesse contexto, aeroportos médios modernizados e com localização estratégica passaram a atrair mais voos para atender a demanda regional em expansão.
Nordeste: Recife lidera e interiorização de rotas
No Nordeste, o Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes (PE) desponta como principal hub regional. Com 9,1 milhões de passageiros em 2023, Recife se consolidou como um hub estratégico na região, liderando em movimentação no Nordeste e já se aproximando da marca de 10 milhões de usuários anuais. A concessionária AENA, que administra Recife e outros aeroportos nordestinos, anunciou um pacote de investimentos robusto focado em ampliar a capacidade e modernizar o terminal, visando acompanhar o aumento de voos nacionais e internacionais. Um bom exemplo é a nova rota direta Recife–Madri operada pela Azul, iniciada em 2025, e a previsão de novos voos da Ibéria a partir de Recife e Fortaleza, reforçando a relevância internacional do hub recifense. Essa expansão internacional complementa a já ampla malha doméstica da Azul no Recife, que é seu principal centro de conexões no Nordeste – durante a alta temporada de verão 2024/2025, a companhia ofertou 1,4 milhão de assentos de/para Recife, um crescimento de 8,3% em relação ao ano anterior. O crescimento do Aeroporto de Recife também ficou evidente nos números de 2024: foram 9,59 milhões de embarques e desembarques no ano, superando em quase 1 milhão o patamar pré-pandemia de 2020. Esse desempenho destaca Recife não apenas como porta de entrada turística, mas como um hub que conecta voos entre diversas capitais nordestinas e entre o Nordeste e outras regiões.
Outras capitais nordestinas de médio porte também registram avanços. Maceió (AL), por exemplo, recebeu mais de 2,6 milhões de passageiros em 2024, alta de 14,2% sobre 2023, graças ao boom turístico e à atração de novos voos – nos primeiros meses de 2025, o fluxo se manteve forte, com mais de meio milhão de passageiros no bimestre. Aracaju (SE), sob gestão da AENA, alcançou 1,286 milhão de passageiros em 2024, crescimento de 9,4% sobre o ano anterior, impulsionado por quase 300 voos extras na alta temporada de verão. No primeiro semestre de 2025, Aracaju já acumulava 1,44 milhão de viajantes (alta de 14,6% comparado a 2024), indicando aceleração. Esses resultados refletem esforços de promoção do turismo e melhoria dos serviços. Em Maceió e Aracaju, as concessionárias investiram em melhorias de terminais e pistas, enquanto os governos estaduais intensificaram a divulgação dos destinos e mantiveram políticas de incentivo para novas rotas (como redução de ICMS e apoio a charters).
Além dos grandes polos turísticos litorâneos, o interior do Nordeste também colhe os frutos da interiorização da aviação. Um caso notável é o Aeroporto de Petrolina – Senador Nilo Coelho (PE), no sertão do São Francisco. Petrolina passou por três fases de modernização sob a concessão da CCR Aeroportos, com R$ 56 milhões investidos na ampliação do terminal e infraestrutura até 2024. Essa obra – parte do programa federal de aviação regional (Novo PAC) em parceria com o setor privado – visa adequar o aeroporto para receber aeronaves maiores e mais passageiros, alavancando o turismo e o agronegócio locais. Hoje, Petrolina já é o segundo aeroporto mais movimentado de Pernambuco, atendendo cerca de 8.500 passageiros por semana em 15 operações diárias. O terminal conecta diretamente o interior pernambucano a hubs importantes: há voos regulares ligando Petrolina a São Paulo/Guarulhos, Campinas, Recife e até a São Raimundo Nonato (PI) – estes operados por Gol, Latam e Azul. Ou seja, todas as três grandes companhias brasileiras apostam nesse mercado regional: a Azul há anos opera Petrolina-Campinas; a Gol, em parceria com o Governo de Pernambuco, anunciou em 2025 uma nova rota direta Petrolina–Salvador, três vezes por semana; e a Latam recentemente iniciou Recife–Petrolina, integrando o sertão à sua malha nacional. A nova ligação com Salvador, em especial, foi celebrada pelas autoridades por conectar dois polos econômicos do Nordeste e fomentar negócios e turismo no Vale do São Francisco. Segundo a governadora Raquel Lyra, o objetivo é tornar Pernambuco “cada vez mais conectado e competitivo”, fortalecendo o intercâmbio entre a capital e o interior e impulsionando o desenvolvimento econômico regional. Essa estratégia de interiorização do turismo e integração regional fica clara nas palavras do presidente da Empetur: “expandir a malha aérea de Pernambuco, especialmente para o interior, é prioridade... [a rota Petrolina-Salvador] impulsiona o desenvolvimento econômico do Sertão”.
Vale notar que outras regiões interioranas do Nordeste seguem caminho semelhante. O aeroporto de Juazeiro do Norte (CE), por exemplo, também sob administração da AENA, tem recebido novos voos ligando o Cariri cearense a capitais como Fortaleza e Salvador, atendendo a grande demanda de turismo religioso e de negócios na região. Já Ilhéus (BA) e Vitória da Conquista (BA), modernizados em anos recentes, tornaram-se alternativas importantes ao Aeroporto de Salvador, atraindo voos diretos das principais companhias em períodos sazonais (especialmente para atender ao turismo no sul da Bahia). Essas iniciativas, combinadas, demonstram o vigor da aviação regional nordestina: com hubs consolidados nas capitais e conectividade crescente alcançando o interior, a região consegue distribuir melhor os fluxos de passageiros, gerar empregos no turismo e reduzir a dependência de escalas via Sudeste.
Norte: Manaus e Belém impulsionam a conectividade Amazônica
A Região Norte, geograficamente extensa e com cidades isoladas, é naturalmente carente de conexões terrestres – o que torna a aviação regional um elemento crucial. Nos últimos meses, os aeroportos nortistas registraram seu maior fluxo aéreo em quase uma década, um sinal de retomada e expansão. Em maio de 2025, 972,4 mil passageiros embarcaram ou desembarcaram nos aeroportos da região, o melhor desempenho para um mês de maio desde 2014 (ano da Copa). Esse volume foi 10,8% superior a 2024 e superou em 22% os números pré-pandemia (maio/2019). Três aeroportos concentraram grande parte desse crescimento: Belém (PA), Manaus (AM) e Palmas (TO).
O Aeroporto Internacional de Manaus – Eduardo Gomes (AM) destaca-se pelo salto de movimentação: em maio de 2025 teve aumento de 15,9% no número de passageiros frente ao ano anterior, a maior variação percentual da região. Manaus é não só a principal porta de entrada da Amazônia Ocidental, mas também um hub natural que conecta diversas localidades amazônicas. Desde que foi concedido à iniciativa privada (VINCI Airports) em 2021, Manaus passou por melhorias operacionais e prepara uma ampla modernização. Em 2023, quando completou dois anos sob gestão da VINCI, o aeroporto já exibia avanços na qualidade de serviço e eficiência. A concessionária anunciou R$ 1,4 bilhão em obras nos 7 aeroportos do Bloco Norte, incluindo Manaus, Porto Velho, Rio Branco e outros regionais da Amazônia. No caso de Manaus, os investimentos contemplam a ampliação do terminal de passageiros e upgrades em pistas e pátios para aumentar a capacidade e permitir mais voos com aeronaves de grande porte. Isso é estratégico, pois Manaus serve tanto voos de passageiros quanto um volumoso tráfego de carga (devido à Zona Franca e ao polo industrial local). Com infraestrutura melhor, a cidade pode consolidar-se como hub amazônico, concentrando voos da região norte (de cidades do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima) e distribuindo-os para grandes centros do país. Já se observa o crescimento na oferta: novas rotas diretas recentes incluem Manaus - Fortaleza (Gol), Manaus - Belém e Manaus - Cuiabá (Azul), além da retomada de voos internacionais – em 2023/24 foram inauguradas ligações diretas de Manaus para destinos como Miami e Cidade do Panamá, e discute-se ampliar a malha para a Europa e Caribe.
Belém (PA), por sua vez, mantém-se como o outro grande hub do Norte, atendendo principalmente a porção leste da Amazônia (Pará, Amapá, Maranhão). Belém registrou 2,4% de crescimento de passageiros em maio de 2025, recuperando-se das quedas da pandemia e preparando-se para um salto maior devido a eventos internacionais: a capital paraense sediará a cúpula climática COP-30 em 2025/2026, o que motivou investimentos de R$ 470 milhões em melhorias e adequações no aeroporto local. As obras incluem ampliação do terminal, novas pontes de embarque e reforço nos sistemas de segurança e navegação – todos essenciais para suportar o pico de demanda esperado e deixar um legado de infraestrutura. Belém também tende a ganhar novas rotas internacionais regulares por conta da COP30 e de seu posicionamento estratégico (é o aeroporto brasileiro mais próximo da Europa e dos EUA, geograficamente). Enquanto isso, no mercado doméstico, a cidade continua bem servida: Azul, Gol e Latam operam múltiplas frequências para as principais capitais e interior do Pará, e empresas regionais menores conectam Belém a cidades interioranas e vizinhas (como Marabá, Santarém, Macapá).
Outro destaque no Norte é Palmas (TO) – embora seja capital, trata-se de uma cidade menor e seu aeroporto tem porte médio. Palmas registrou crescimento de 7,5% em maio de 2025, evidenciando o aumento da conectividade no Tocantins. A cidade hoje conta com voos diretos para Brasília, Goiânia, Belo Horizonte, São Paulo, além de ligações regionais dentro da Amazônia Legal. O Governo Federal atribui esses resultados na região Norte a investimentos em infraestrutura e integração regional. Iniciativas como o programa AmpliAr preveem a concessão de 19 aeroportos regionais (muitos na Amazônia) para acelerar melhorias e melhorar a conectividade em áreas remotas. De fato, além dos grandes Manaus e Belém, diversos aeroportos menores no Norte vêm recebendo atenção: em 2023 foram inaugurados simultaneamente 7 aeroportos em municípios amazônicos pelo Governo Federal, e outros 20 aeródromos estão sendo incluídos em programas de privatização e investimentos para garantir acessibilidade aérea ao interior da floresta.
Com Manaus e Belém atuando como nós centrais – Manaus especialmente para rotas no eixo norte-sul e logística, e Belém conectando a diagonal norte-nordeste – e com projetos para fortalecer aeródromos no interior (via subsídios e novas concessões), a região Norte caminha para uma malha aérea mais densa. O impacto econômico disso é significativo: melhora o escoamento de produção local (peixes, frutas, manufaturados da Zona Franca), facilita negócios (permitindo que empresários e técnicos se desloquem sem precisar ir ao Sudeste) e estimula o turismo ecológico e de eventos. A interiorização da aviação leva turistas a destinos amazônicos antes de difícil acesso (como Alter do Chão, Jalapão, Monte Roraima), beneficiando comunidades locais. Em suma, investir em aeroportos médios na Amazônia é investir em integração nacional e desenvolvimento socioeconômico de áreas isoladas.
Centro-Oeste: Uberlândia e Cuiabá como polos regionais do interior
No Centro-Oeste, dois exemplos evidenciam a formação de hubs regionais fora das capitais tradicionais: Cuiabá (MT) e Uberlândia (MG). Essas cidades de médio porte, importantes em agronegócio e indústria, vêm ampliando conexões aéreas para atender às demandas de suas regiões.
Em Cuiabá o Aeroporto Internacional Marechal Rondon (MT), apesar de ser a capital mato-grossense, por muito tempo teve infraestrutura modesta. Nos últimos anos, porém, consolidou-se como hub sub-regional graças principalmente à malha da Azul Linhas Aéreas. A Azul (que incorporou a Trip, pioneira na aviação regional local) transformou Cuiabá em um centro distribuidor de voos regionais no Centro-Oeste. Em 2025, a cidade passou a ter ligação direta com 19 destinos domésticos, incluindo várias cidades do interior e novas capitais no seu portfólio. A partir de fevereiro de 2025, foram anunciadas quatro novas rotas diretas a partir de Cuiabá: a Azul adicionou voos para Porto Velho (RO) e São José do Rio Preto (SP), destinos antes atendidos somente com conexões; em março, a Azul também iniciou frequências semanais ligando Cuiabá a Maceió (AL), conectando assim o Centro-Oeste a um dos principais destinos do nordeste (Alagoas); e a Gol Linhas Aéreas, por sua vez, ampliou sua presença com uma nova rota direta Cuiabá–Rio de Janeiro/Galeão, a partir de abril de 2025, três vezes por semana. Com essa expansão, Cuiabá passou a oferecer voos sem escalas para todas as regiões do país, desde cidades próximas (Rondonópolis, Sinop, Ji-Paraná) até os principais hubs nacionais (São Paulo, Rio, Brasília) e agora também capitais do Nordeste. Essa conectividade impacta diretamente o turismo e os negócios em Mato Grosso – facilitando, por exemplo, que turistas de outras regiões cheguem ao Pantanal e à Chapada dos Guimarães via Cuiabá, ou que produtores rurais e executivos voem a São Paulo e retornem no mesmo dia. A própria Azul reconhece Cuiabá como um de seus maiores mercados: em 14 anos de operações na cidade, a empresa transportou mais de 18,5 milhões de clientes, mantendo alta ocupação e diversificando destinos. Recentemente modernizado (com reforma concluída em julho de 2024), o aeroporto de Cuiabá também pleiteia certificação para voos internacionais regulares, o que pode abrir oportunidades de rotas para países vizinhos dado o potencial agroexportador da região.
Já em Minas Gerais, fora da capital Belo Horizonte, o destaque vai para Uberlândia com o Aeroporto Ten. Cel. Av. César Bombonato (MG). Uberlândia, no Triângulo Mineiro, é a segunda maior cidade do estado e um centro logístico estratégico. Seu aeroporto vinha operando próximo do limite, mas agora está passando por um ambicioso projeto de ampliação e modernização. Em 2023, a concessionária AENA (que assumiu a gestão de Uberlândia e outros aeroportos mineiros na 7ª rodada de concessões) iniciou obras para construir um novo terminal de 14,6 mil m² – cerca de 70% maior que o atual – e para ampliar pistas e pátios. Com um investimento previsto de R$ 300 milhões apenas em Uberlândia, a primeira etapa das obras deve ser concluída até junho de 2026. O resultado será praticamente dobrar a capacidade de passageiros, colocando Uberlândia em outro patamar. A movimentação atual já é significativa: em 2022 o aeroporto atendeu cerca de 1,15 milhão de passageiros (mesmo com pandemia), e a tendência é de crescimento acompanhando a expansão econômica regional. A expectativa, segundo autoridades, é que Uberlândia se torne um hub logístico-aéreo de grande porte, dada sua localização central (entre São Paulo, Brasília e Belo Horizonte) e vocação para cargas e turismo de negócios. De fato, o Ministério de Portos e Aeroportos ressaltou que investimentos de R$ 600 milhões (sendo R$ 300 milhões em Uberlândia e R$ 300 milhões em Montes Claros e Uberaba) trarão uma transformação significativa à aviação regional mineira. Além das obras físicas, o Governo de Minas tem atuado para atrair voos: em julho de 2025, anunciou junto à Latam Airlines uma nova rota direta Uberaba–São Paulo/Guarulhos, com três frequências semanais a partir de janeiro de 2026. Essa rota, fruto de parceria com a secretaria de Desenvolvimento Econômico (Invest Minas), visa melhorar a conectividade do Triângulo Mineiro com o principal hub nacional (Guarulhos) e foi planejada para impulsionar o turismo e os negócios na região de Uberaba. A Latam, que já voa regularmente para Belo Horizonte, Uberlândia e Montes Claros, demonstra assim interesse em ampliar sua presença no interior mineiro apoiada por incentivos estaduais.
Outro foco do governo mineiro é o projeto Voe Minas Gerais, que subsidia linhas regionais operadas por pequenas aeronaves ligando polos do interior. Dentro desse programa, Uberlândia foi estabelecida como hub para distribuir voos a cidades menores como Araxá, Patos de Minas e outras, integrando regiões sem voos comerciais regulares. De modo similar, no Mato Grosso do Sul, o governo estadual precisou intervir para manter voos em cidades turísticas como Corumbá, buscando novas companhias e avaliando subsídios quando a Azul ameaçou encerrar as operações. Essas ações reforçam que a parceria entre governos locais e empresas aéreas é fundamental para a sustentabilidade da aviação regional no Centro-Oeste.
Sudeste e Sul: novos polos em São Paulo e Paraná (e concessões requalificando terminais)
No Sudeste, embora os maiores hubs nacionais estejam na região (Guarulhos, Congonhas, Brasília – este no DF, mas atendendo Centro-Oeste/Sudeste), há aeroportos médios emergindo como polos regionais importantes. Um exemplo consolidado é Campinas – Viracopos (SP): originalmente um aeroporto de carga e alternativo, Viracopos foi escolhido pela Azul como seu hub principal e hoje é um dos terminais mais movimentados do país, conectando dezenas de cidades do interior diretamente entre si e ao resto do Brasil sem passar pela capital. Com cerca de 10 milhões de passageiros/ano atualmente, Viracopos deixou de ser “médio” para virar um grande hub nacional, mas seu caso ilustra o potencial de um aeroporto fora das capitais tradicionais atrair uma base aérea robusta via concessão (Aeroportos Brasil Viracopos) e estratégia de companhia (Azul).
Focando em aeroportos ainda classificados como médios: no interior de São Paulo, o Aeroporto Dr. Leite Lopes, em Ribeirão Preto (SP), vem cumprindo um papel de hub regional para o nordeste paulista e sul de Minas. Em 2024, Ribeirão Preto movimentou 628 mil passageiros e 24 mil voos, sendo o aeroporto mais movimentado da rede estadual administrada pela Rede VOA. O governo de SP reportou que, ao todo, a aviação comercial regional no estado transportou 1,94 milhão de passageiros em 2024, crescimento de 11% em 2023, mostrando o desempenho positivo dos terminais do interior. Além de Ribeirão, destacam-se no estado os aeroportos de São José do Rio Preto (SJP), Bauru-Arealva (JTC) e Presidente Prudente (PPB), que juntos somam centenas de milhares de passageiros anuais após a concessão e melhoria pela iniciativa privada (consórcio Aeroportos Paulista). Esses aeroportos têm atraído novas operações da Azul e da Gol, principalmente, conectando-os a hubs maiores: por exemplo, São José do Rio Preto ganhou voos diretos para Recife e Cuiabá pela Azul, algo impensável alguns anos atrás, graças à redução do ICMS no combustível em SP e à frota de aeronaves regionais ATR e Embraer que viabilizam essas rotas. O Estado de São Paulo, em 2019, reduziu a alíquota de ICMS sobre o querosene de aviação de 25% para 12%, sob o programa “São Paulo Pra Todos”, condicionado à abertura de novas rotas pelas companhias – e a medida teve êxito em criar dezenas de frequências inéditas ligando o interior paulista a capitais de outras regiões.
No estado vizinho, Paraná (Região Sul), ocorre um fenômeno interessante de disputa entre aeroportos médios pelo protagonismo regional. Tradicionalmente, o Aeroporto de Londrina (norte do PR) era o principal polo aéreo fora da capital Curitiba. Porém, o Aeroporto Regional de Maringá – Silvio Name Júnior (PR), graças a investimentos municipais e aumento de oferta de voos, ultrapassou Londrina e assumiu a liderança regional. No primeiro trimestre de 2025, Maringá registrou 90.820 embarques, 12% a mais que no mesmo período do ano anterior, ligeiramente acima dos 90.246 embarques de Londrina. Além de transportar mais passageiros, Maringá conta atualmente com 25% mais voos em operação do que Londrina, uma mudança notável, já que Londrina era historicamente considerado o principal hub do norte paranaense. Esse novo cenário reforça a posição estratégica de Maringá como polo regional, sustentada por um processo contínuo de modernização e expansão da malha aérea. De 2016 a 2023 o aeroporto de Maringá passou por ampliações de pista e terminal, instalação de equipamentos de auxílio à navegação e, mais recentemente, a prefeitura investiu cerca de R$ 1 milhão em melhorias na sala de embarque (e-gates, banheiros, fluxo) com recursos do próprio aeroporto. Em 2025, Maringá registrou seu melhor primeiro quadrimestre em 9 anos, com 236 mil passageiros até abril. A administração local ainda firmou contratos para inaugurar salas VIP e busca recursos estaduais/federais para uma expansão completa do terminal. O resultado desses esforços se reflete também no interesse das companhias aéreas: a Latam foi destacada como a empresa de maior crescimento em voos operados em Maringá recentemente, enquanto Azul e Gol mantêm forte presença, ligando a cidade a destinos como São Paulo (Congonhas e Guarulhos), Curitiba, Porto Alegre e Cuiabá. Segundo o superintendente do aeroporto, Gustavo Vieira, esses bons resultados mostram o fortalecimento do terminal como um polo regional em crescimento, trazendo melhores serviços para os moradores e gerando receitas para o município. Ele ressalta ainda o impacto econômico positivo do crescimento do aeroporto para a economia local e regional, especialmente nos setores do agronegócio e das cooperativas de crédito – Maringá é um importante centro agroindustrial e sede de grandes cooperativas, que se beneficiam de conexões aéreas mais abundantes.
Enquanto Maringá brilha, Londrina busca recuperar terreno apostando na modernização pela iniciativa privada. Concedido ao grupo CCR Aeroportos em 2021, o Aeroporto de Londrina – Gov. José Richa (PR) concluiu em janeiro de 2025 um amplo conjunto de obras de requalificação, totalizando R$ 180 milhões investidos. As melhorias incluíram a expansão da pista em 540 metros (passando para 2.400m) e novas taxiways, ampliação em 40% da área do terminal de passageiros (agora com 11,5 mil m², 4 pontes de embarque e capacidade para 3,5 milhões de passageiros/ano), além de modernização de pátios e instalação de equipamentos de auxílio à aproximação (como ILS e PAPI). Essa infraestrutura, entregue pelo Ministério de Portos e Aeroportos e CCR, coloca Londrina no patamar de “aeroporto com padrão internacional” segundo as autoridades, preparando-o para potencializar o turismo de lazer e o desenvolvimento econômico da segunda maior cidade paranaense. Em 2024, Londrina movimentou cerca de 770 mil passageiros, alta de 7,5% sobre 2023, crescimento acima da média nacional de 5%. O ministro Silvio Costa Filho destacou, na inauguração, que a capacidade de Londrina praticamente dobrou (de 1,8 para 3,5 milhões anuais) e que a intenção é torná-lo “um grande hub logístico”, aproveitando a vocação de Londrina para o agronegócio e sua posição no corredor do Mercosul. O governador Ratinho Junior, presente no evento, enfatizou a importância da parceria público-privada na infraestrutura e celebrou que os aeroportos paranaenses agora estão no padrão dos melhores terminais do Brasil e do mundo. Com a pista maior e equipamentos de navegação, espera-se atrair voos mais longos (quiçá internacionais regionais) e reduzir cancelamentos por mau tempo em Londrina, tornando-o mais competitivo. Assim, a “disputa” saudável entre Maringá e Londrina deve elevar o nível dos serviços e da conectividade aérea em todo o interior do Paraná, beneficiando os usuários e impulsionando economias locais (universidades, agronegócio, comércio) nessas cidades.
Ainda na Região Sul, vale citar o Aeroporto Internacional de Florianópolis – Hercílio Luz (SC), que embora seja capital, tem porte médio e vem se destacando. Concessionado à Zurich Airport e totalmente renovado em 2019, Florianópolis colheu resultados: chegou a figurar entre os 10 aeroportos mais movimentados do país em determinados meses, como fevereiro de 2025 quando atingiu 478,4 mil passageiros (9ª posição). O novo terminal e a estratégia de atração de voos renderam frutos especialmente na alta temporada de verão, consolidando Floripa como hub turístico do Sul. A conectividade internacional também melhorou – antes restrita a voos sazonais para Buenos Aires, Florianópolis recentemente ganhou voos diretos e regulares para Santiago (Latam) e até para os EUA (Azul para Orlando, em certos períodos), apoiados por incentivos do governo catarinense. Santa Catarina, aliás, adota uma política de múltiplos aeroportos regionais: Navegantes (SC), no litoral norte, complementa Florianópolis e foi premiado com novas rotas da Latam e Azul após ampliação de pista; Chapecó (SC), no extremo oeste catarinense, atende uma região agroindustrial dinâmica e teve crescimento de 9,8% no 1º semestre de 2025 (222 mil passageiros) com entrada de novas rotas previstas até 2026; e Jaguaruna (SC), no sul do estado, serve de opção para a região carbonífera e tem recebido voos da Azul para São Paulo. No Rio Grande do Sul, além da capital Porto Alegre (que está se revitalizando pós-enchentes), outros aeroportos médios estão em foco: Caxias do Sul (RS), polo da serra gaúcha, ganhou em 2023 um novo aeroporto regional (Lauro Carneiro de Loyola) e voos diretos para São Paulo; Passo Fundo (RS) está com obras para um novo terminal; e Uruguaiana (RS) terá, via programa federal, adequações para voos internacionais curtos, visando integração com a Argentina e Uruguai. Esses investimentos diversificam os pontos de entrada no estado e fomentam economias regionais (como o turismo na serra gaúcha e o comércio de fronteira).
Incentivos fiscais e parcerias para atrair operações
Um denominador comum no sucesso desses aeroportos médios é a adoção de incentivos e parcerias que tornaram viáveis as novas operações. Governos estaduais e municipais desempenham um papel ativo: redução de impostos, subsídios a rotas e cooperação na promoção do destino são algumas das medidas empregadas para atrair companhias aéreas.
Redução de ICMS sobre combustível: Vários estados concederam descontos ou isenção no ICMS do querosene de aviação para companhias que abram hubs ou novas rotas. Um exemplo recente vem do Rio Grande do Sul, que em 2024 anunciou isenção total de ICMS para voos ligando Porto Alegre a cidades do interior, bem como redução da alíquota para apenas 2% em rotas internacionais de carga – medida voltada a viabilizar um hub internacional em Porto Alegre e estimular voos regionais. De forma similar, o Ceará desde 2017 estabeleceu um acordo de hub aéreo em Fortaleza: as empresas que aderiram tiveram isenção de ICMS sobre o QAV (combustível) como contrapartida para ampliar frequências nacionais e internacionais. Até mesmo após a pandemia, o estado cearense manteve essa política, entendendo que reduzir custos operacionais é chave para conservar o hub. Já o Paraná e Minas Gerais também criaram regimes especiais de tributação para companhias que expandam voos regionais em seus territórios – PR inclusive prevê isenção total de ICMS para novas rotas internas em seu programa “Paraná Competitivo”.
Subsídios diretos a rotas regionais: Quando a demanda não é suficiente para tornar um voo lucrativo de imediato, alguns governos optam por subsidiar a operação nos primeiros meses ou oferecer uma quantia mínima de assentos pagos. Programas como o Voe Paraná e Voe Minas Gerais se enquadram nisso: no Voe Paraná, lançado em 2019, o governo estadual em parceria com a Azul Conecta viabilizou voos semanais ligando Curitiba a dez pequenas cidades paranaenses (Cianorte, Apucarana, União da Vitória etc.), utilizando aeronaves Cessna Grand Caravan de 9 lugares. Em Curitiba, esses passageiros podem se conectar a cerca de 35 voos diários da Azul para 12 destinos nacionais, integrando de fato o interior à malha aérea principal do país. O plano da Azul era fortalecer Curitiba como um hub regional com mais de 50 movimentos diários, o que vem se concretizando gradualmente. Já em Minas Gerais, o projeto Voe MG conectou cidades menores a Belo Horizonte e Uberlândia através de subsídios do estado a operadores de táxi-aéreo, garantindo mobilidade a regiões antes sem serviço aéreo. Essas iniciativas não seriam possíveis sem o aporte governamental e mostram que, onde há demanda latente, um pequeno empurrão financeiro inicial pode atrair a empresa aérea e, a longo prazo, tornar a rota autossustentável (especialmente se estimular turismo e negócios locais).
Parcerias público-privadas e marketing conjunto: Autoridades locais frequentemente firmam parcerias com companhias aéreas para divulgar destinos e compartilhar riscos. No caso da nova rota Salvador–Petrolina pela GOL, foi mencionado que a operação é resultado de uma parceria entre a Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) e a companhia aérea, com empenho direto do Governo do Estado. Em contrapartida, espera-se aumento do fluxo turístico no Vale do São Francisco (Petrolina/Juazeiro) e benefícios econômicos na região. De forma semelhante, a prefeitura do Rio de Janeiro e o governo do Estado do RJ criaram em 2023 um Fundo de R$ 270 milhões para atrair novas rotas ao Aeroporto do Galeão, em crise de subutilização. Essa união de esforços – governo entrando com incentivos e marketing, aeroporto com redução de tarifas, e companhia com compromisso de voar – tem se mostrado eficaz para reverter a queda de movimentos em alguns terminais.
Investimentos em infraestrutura pelos concessionários: A onda de concessões aeroportuárias no Brasil trouxe operadores privados comprometidos em modernizar aeroportos médios e torna-los mais atrativos às companhias. Conforme visto, grupos como CCR, AENA, Zurich, Vinci e Infraero (via convênios) investiram pesado em terminais como Londrina, Maceió, Manaus e Florianópolis, respectivamente. Esses investimentos elevam o padrão de serviço e aumentam a capacidade, permitindo que mais voos sejam adicionados. Em Londrina, o novo terminal da CCR quase dobrou a capacidade e foi essencial para a Latam decidir retornar com aeronaves maiores e novas rotas por lá. No Recife, a AENA planeja expandir o terminal para comportar a crescente demanda, enquanto em Manaus a Vinci está instalando fingers e ampliando o pátio para receber mais aviões simultaneamente. Com infraestrutura moderna, companhias se sentem mais seguras em criar bases e “hubear” voos nesses aeroportos, pois há menos restrições operacionais.
Em suma, a combinação de incentivos fiscais, subsídios estratégicos, melhorias físicas e parcerias de promoção compõe um arsenal de estratégias que diversos estados e municípios adotaram para inserir seus aeroportos no mapa da aviação regional. Essas políticas, aliadas à postura proativa das companhias aéreas regionais (como Azul Conecta e VoePass) e ao apetite de expansão das grandes empresas (Latam, Gol e Azul buscando novos mercados), pode criar, quase sempre, um círculo virtuoso: mais voos geram mais passageiros, que por sua vez justificam novos investimentos e rotas adicionais.
Considerações
A ascensão dos aeroportos médios como hubs regionais traz impactos econômicos claros. Em primeiro lugar, fortalece o turismo local – cidades antes pouco acessíveis veem crescer o fluxo de visitantes, lotando hotéis e movimentando restaurantes, comércio e atrações turísticas. Maceió e Florianópolis, por exemplo, tiveram altas históricas de turistas graças aos novos voos e hoje colhem os frutos em termos de geração de empregos no setor. Em Pernambuco, rotas como Petrolina - Salvador prometem ampliar o turismo no Sertão do São Francisco e integrar roteiros entre Bahia e Pernambuco.
Em segundo lugar, a melhoria da conectividade aérea atrai investimentos e negócios. Cidades médias bem servidas de voos tornam-se mais atraentes para sediar empresas regionais, centros de distribuição e eventos. Esses ganhos de produtividade e redução de distâncias estimulam o desenvolvimento regional. Governos estaduais também têm destacado a aviação como fator de competitividade: “o funcionamento e expansão do aeroporto é vital para a retomada econômica do nosso estado”, disse a secretária de Fazenda do RS ao anunciar incentivos para o hub de Porto Alegre. Quando uma região ganha um hub aéreo, insere-se numa economia de rede – facilita exportações (especialmente de perecíveis, como frutas de Petrolina ou peixes de Manaus), melhora a logística de insumos e permite que profissionais qualificados se desloquem, evitando o êxodo para metrópoles.
Além disso, a presença de um hub regional frequentemente vem acompanhada de geração de empregos diretos (em companhias aéreas, ground handling, lojas, manutenção) e indiretos (táxis, hotéis, comércio). Em Londrina, por exemplo, as obras de expansão geraram mais de 230 empregos diretos durante a execução, e a expectativa é de muitos outros nas operações subsequentes. Da mesma forma, no Recife, a expansão do hub internacional com voos da Europa estimulará contratações em toda a cadeia turística e no próprio aeroporto.
Para o futuro, as perspectivas são otimistas e desafiadoras. O governo federal anunciou que pretende inaugurar ou requalificar mais de 100 aeroportos regionais até 2026, espalhando melhorias por todo o Brasil. Programas como o Voa Brasil (que visa oferecer passagens a preços populares em assentos ociosos) podem aumentar ainda mais a demanda em aeroportos médios, exigindo planejamento para não saturá-los. Também se discute, no Congresso, a criação de um fundo de subsídio permanente à aviação regional, para dar perenidade a rotas sociais na Amazônia e no Centro-Oeste.
Por outro lado, a sustentabilidade financeira de alguns hubs regionais dependerá de como as companhias aéreas atravessarão períodos de custos altos (especialmente combustível). A recente suspensão das operações da VoePass (Passaredo) em 2025 evidencia as fragilidades do segmento regional puro – mas as grandes empresas parecem prontas para suprir eventuais lacunas, integrando as rotas regionais em seus network (a Latam e a Gol já utilizavam a VoePass em parceria e, com sua saída, tendem a incorporar esses voos diretamente ou via novos parceiros).
Em conclusão, aeroportos médios de todas as regiões do Brasil – do sertão nordestino ao interior gaúcho, das capitais amazônicas aos polos do Sudeste – estão assumindo um protagonismo inédito na aviação brasileira. Com visão estratégica, investimentos e apoio, esses terminais se transformam em hubs regionais que aproximam comunidades, fomentam economias locais e descentralizam o fluxo aéreo nacional. O Brasil colhe assim uma malha mais capilar e resiliente, a partir da qual o crescimento do setor aéreo não se limita às metrópoles, mas espalha desenvolvimento pelos quatro cantos do país.
Referências bibliográficas
AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC). Consulta Interativa – Relatório de Demanda e Oferta do Transporte Aéreo. Disponível em: Serviços e Informações do Brasil. Acesso em: 19 ago. 2025.
AGÊNCIA NACIONAL DE AVIAÇÃO CIVIL (ANAC). Maio/2025 tem 10,4 milhões de passageiros no doméstico. Disponível em: Serviços e Informações do Brasil. Acesso em: 19 ago. 2025.
MINISTÉRIO DE PORTOS E AEROPORTOS (MPor). Até maio, Nordeste soma 18 milhões de passageiros; Recife passa de 3,9 milhões. Disponível em: Serviços e Informações do Brasil. Acesso em: 19 ago. 2025.
AGÊNCIA GOV (MPor). Região Norte tem melhor maio desde 2014, com 972,4 mil passageiros. Disponível em: Agência Gov. Acesso em: 19 ago. 2025.
EMPETUR (Governo de Pernambuco). Aeroporto do Recife bate recorde histórico de passageiros em 2024. Disponível em: Empetur. Acesso em: 19 ago. 2025.
AENA BRASIL. Maceió: Zumbi dos Palmares fecha 2024 com mais de 2,6 milhões de passageiros. Disponível em: Aena Brasil. Acesso em: 19 ago. 2025.
GOVERNO DE SERGIPE. Aracaju tem maior fluxo de passageiros em 10 anos (balanço 2024). Disponível em: A8 Sergipe. Acesso em: 19 ago. 2025.
MINISTÉRIO DE PORTOS E AEROPORTOS (MPor). Aracaju ganha novas instalações com aumento da demanda. Disponível em: Serviços e Informações do Brasil. Acesso em: 19 ago. 2025.
CCR AEROPORTOS. Petrolina conclui etapa de modernização (R$ 56 milhões). Disponível em: CCR Aeroportos. Acesso em: 19 ago. 2025.
AGÊNCIA GOV (MPor). Com R$ 56 milhões investidos, Aeroporto de Petrolina finaliza 3ª etapa de modernização. Disponível em: Serviços e Informações do Brasil. Acesso em: 19 ago. 2025.
AZUL LINHAS AÉREAS. Recife se consolida como principal hub da Azul no Nordeste com 1,4 milhão de assentos na alta temporada (Release). Disponível em: Azul. Acesso em: 19 ago. 2025.
PANROTAS. Azul terá 1,4 milhão de assentos no hub Recife durante o verão. Disponível em: Panrotas. Acesso em: 19 ago. 2025.
AERO MAGAZINE (UOL). Azul anuncia 532 voos extras no Recife para a alta temporada 2025/26. Disponível em: AERO Magazine. Acesso em: 19 ago. 2025.
MINISTÉRIO DE PORTOS E AEROPORTOS (MPor). Investimentos de R$ 1,4 bi requalificam 7 aeroportos do Norte (Vinci Airports). Disponível em: Serviços e Informações do Brasil. Acesso em: 19 ago. 2025.
PANROTAS. Vinci entrega obras de modernização em sete terminais da Região Norte. Disponível em: Panrotas. Acesso em: 19 ago. 2025.
VINCI AIRPORTS. Manaus Airport – informações da concessão e do aeroporto. Disponível em: VINCI Airports. Acesso em: 19 ago. 2025.
CENTRO-OESTE AIRPORTS (COA). COA conclui ampliação e modernização dos quatro aeroportos sob sua gestão em MT. Disponível em: COA. Acesso em: 19 ago. 2025.
MINISTÉRIO DE PORTOS E AEROPORTOS (MPor). Governo entrega obras de ampliação dos aeroportos de Mato Grosso (R$ 570 milhões). Disponível em: Serviços e Informações do Brasil. Acesso em: 19 ago. 2025.
AEROIN. Aeroporto de Cuiabá passa por melhorias com investimentos de R$ 12 milhões (pista e taxiways). Disponível em: AEROIN - Notícias de Aviação. Acesso em: 19 ago. 2025.
ARTESP (Governo do Estado de SP). Aviação regional movimenta 1.936.770 passageiros em 2024. Disponível em: artesp.sp.gov.br. Acesso em: 19 ago. 2025.
REDE VOA. Rede VOA recebe mais de 700 mil passageiros em 2024; Ribeirão Preto soma 628 mil. Disponível em: Rede VOA. Acesso em: 19 ago. 2025.
CCR AEROPORTOS. CCR inaugura obras do Aeroporto de Londrina (novo terminal e pista). Disponível em: CCR Aeroportos. Acesso em: 19 ago. 2025.
MARINGÁ POST. Aeroporto de Maringá supera Londrina e vira o 3º mais movimentado do PR (1º tri/2025). Disponível em: Maringa Póst - Independente, sempre.. Acesso em: 19 ago. 2025.
GOVERNO DO CEARÁ. Estado prorroga redução do ICMS sobre querosene de aviação para fortalecer hub. Disponível em: Governo do Ceará. Acesso em: 19 ago. 2025.
GOVERNO DO RIO GRANDE DO SUL. Nova política do ICMS do QAV para voos e hubs – Lei 16.175/2024. Disponível em: Secretaria da Fazenda. Acesso em: 19 ago. 2025.
GOVERNO DO PARANÁ. Programa Voe Paraná – histórico e objetivos de integração regional. Disponível em: sedest.pr.gov.br. Acesso em: 19 ago. 2025.
AGÊNCIA MINAS (Governo de MG). LATAM anuncia rota Uberaba–Guarulhos com apoio do Estado (início 2026). Disponível em: Agência Minas. Acesso em: 19 ago. 2025.
Sobre o autor:
Antônio Lourenço Guimarães de Jesus Paiva
Pai da Helena
Diretor da Flylines
Graduado em Aviação Civil pela Universidade Anhembi Morumbi
Especialista em Planejamento e Gestão Aeroportuária pela Universidade Anhembi Morumbi
Especialista em Gestão de Marketing pela Universidade de São Paulo
Especialista em Data Science e Analytics pela Universidade de São Paul